terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sozinho!?

Sozinho!? (autor: Julio Lobo)

O quarto escuro,
Muito se passa em minha cabeça,
Um enorme silêncio me rodeia.

Latidos!
Rompe-se o silêncio,
À léguas, primeiro;
Encolhem-se as léguas!

Me afronta a proximidade,
Uma inquietude de mim se apodera,
Antes calma, se apressa,
Torna-se visceral, minha respiração.

Sinto eriçados os pelos de minha nuca.

Certa vez, "li" que os cachorros (os nossos) agem como protetores, são nossos guardiões!
E exclamarão vocês, leitores: - "Claro que os são, afinal os temos para guardar nossas casas!", mas quando me refiro à eles como guardiões, não me refiro como guardiões do material, refiro-me ao espiritual!
Quando "li" sobre isto, lembro-me de falarem da capacidade que este nobre animal tem de ver o espiritos e nos guardarem, afungentarem os que nos querem mal.

Vejo 3 cadelas latindo para o que não vejo,
Assim como os meus, seus pelos estão eriçados,
LATEM, LATEM, LATEM...
Subitamente param!
Se acalmam.

É fascinante;
Estar consciente,
E nunca ver,
Todo um Mundo!

Uma existência,
Paralela, muitas vezes.
Nós influênciamos;
Ela, nos influi!


2 comentários:

  1. Oi! primeiramente, obrigada por me seguir, estou ake te seguindo tbm, e gostaria de dizê-lo que o faço bem mais por admiração - a sua casa é bem aconchegante.
    percebo que os textos tem uma visível alterância entre a poesia e a prosa, e q as vezes eles se casam.
    tempo - contemplo. parece ser uma constante.
    não há um tipo de assunto abordado, é sua subjetividade que está em jogo: o que me atormenta é o que devo escrever. tbm faço isso no meu blog.

    enfim, espero ainda poder muito visitá-lo.

    Agradeço mais uma vez pela visita, será sempre mto bem vindo, e...

    PARABÉNS!

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  2. Os pés alcançam o chão,
    passos,
    de alguém que não deveria andar,
    não por um plano que não mais pertence
    mas que ninguém pode enchergar,
    engana-se!
    alguém ainda pode alertar!
    Um latido para todo outro latido alarmar
    É rompido o silêncio da madrugada,
    mas o mais alto nao é possivel escutar
    Nem tinha coração, mas sentia ele o palpitar tumultuoso no peito,
    era bom andar pelas suas velhas esquinas,
    quando bebado também fazia a cadela da vizinha latir
    era bom sentar em sua cadeira do bar,
    era bom sentar ao lado de sua velha e sentir os olhos lacrimejar.
    Uma despedida da velha aliança
    Uma despedida da calada boêmia,
    Uma despedida da madrugada ventosa...

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