domingo, 10 de outubro de 2010

Paródia da Canção do Exílio de Gonçalves dias





Canção em Exílio (autor: Julio Lobo)

Minha terra tem palmeiras,
Todas artificiais,
Os rádios, que aqui gorjeiam,
Imitam sons de animais.

Nosso céu não tem estrelas,
E sim luzes industriais,
Nossas várzeas não tem flores,
Nossos bosques, o concreto,
Nossa vida, só temores.

Em rimar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu cá;
Minha terra tem palmeiras,
Todas artificiais.

Minha terra tem horrores,
Como os que encontro eu cá,
Em rimar,
Sem prazer, cá ou lá;
Minha terra tem palmeiras,
Todas artificiais.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu veja TUDO mudar,
Sem que mudem nossa várzeas,
Nossos medos,
Nossa vida.

Um comentário:

  1. Paródia coerente aos grandes centros urbanos...

    O mundinho onde moro
    no interior do Pará
    ainda escuta ao vento
    o canto do sabiá...

    Gostei imenso de seu espaço...

    Vou ficando...

    Abraço!

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