Canção em Exílio (autor: Julio Lobo)
Minha terra tem palmeiras,
Todas artificiais,
Os rádios, que aqui gorjeiam,
Imitam sons de animais.
Nosso céu não tem estrelas,
E sim luzes industriais,
Nossas várzeas não tem flores,
Nossos bosques, o concreto,
Nossa vida, só temores.
Em rimar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu cá;
Minha terra tem palmeiras,
Todas artificiais.
Minha terra tem horrores,
Como os que encontro eu cá,
Em rimar,
Sem prazer, cá ou lá;
Minha terra tem palmeiras,
Todas artificiais.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu veja TUDO mudar,
Sem que mudem nossa várzeas,
Nossos medos,
Nossa vida.
Paródia coerente aos grandes centros urbanos...
ResponderExcluirO mundinho onde moro
no interior do Pará
ainda escuta ao vento
o canto do sabiá...
Gostei imenso de seu espaço...
Vou ficando...
Abraço!