Me=morar, Eu=morar, Recordar, Instigar, Viver! (autor: Julio Lobo)
Confesso que minhas prévias experiências com a dança contemporânea não haviam sido satisfatórias, como também confesso minha ignorância frente à expressão artística em questão. Desta vez sou obrigado a rever meus conceitos, meus “achares”.
Ao entrar naquela casa você se sente acuado. É um ambiente estranho, pouco iluminado, e mesmo antes da entrada dos dançarinos é um ambiente cheio. Logo nos primeiros passos além da primeira porta já se percebem os ruídos, o ranger da porta que em realidade é produzido pela sonoplastia nos parece terrivelmente real e no momento que é começada a dança propriamente dita, ai sim o enfrentamento se faz presente. Cada respirar, cada passo, cada jogada que se faz com os corpos em movimento dentro daquela pequena casa a nós (público) é transmitida, e como nos assusta esta transmissão sensorial, todo aquele prazer, aquele cansaço. Tudo é tão intenso, do princípio ao fim do espetáculo, que começa a nos saturar. São memórias contadas, imagens impressas em nossas retinas, e cada elemento do espetáculo se torna tão objetivo quanto foi subjetivamente pensado.
O espetáculo foi idealizado pelo Coletivo Corpomancia, caso queiram conhecer mais do trabalho deste pessoal aqui vai o link: http://corpomancia.blogspot.com/
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