segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PassaTempo

PassaTempo (autor: Julio Lobo)

Em meus sonhos,
ouço o soar dos sinos;
Acordo,
De sobre salto.

Terrível sonho,
Terrível dia,
Terrível! Espero que não!

Pratico, somo sempre,
O mesmo ritual,
Barba, dentes,
Banho, roupa;
Saio!

No trabalho, chego cedo;
Ninguém ainda.

Ouço portas,
Nomes,
Passos,
Sinais,
Do horário.

A vida chama!

Acordo!
Hospital!
Tudo esta o mesmo.
É como se não passassem os dias!
Mas passam.

Um ano!
Da cintura para baixo,
Não há resposta.
Nada sinto!

Espero,
Sempre espero,
Só me resta esperar.

Como foi bom trabalhar!!!

3 comentários:

  1. Os fatos, incidentes, lembranças se registram na vida quando são todos finalizados, concretizados, aproveitados, para que não se viva apenas naquele dogma:
    "O homem nasce, cresce, reproduz e morre"...
    Entro em paralelo com algo que me contaram, era algo assim "nos tornamos imortais quando deixamos para o mundo: um filho, um desabafo publicado, e quando escrevemos nosso nome em um carvalho..."
    Nao sei se é bem verdade, mas já te contei que acredito mto nas pessoas, rs...
    Mas acima de tudo, acho que antes de eternizarmo-nos é necessário viver e para isso, é necessário cumprir, um compromisso com o nosso tempo aqui na Terra, um compromisso com nossa vontade de viver, um compromisso com quem vivemos e por fim, um compromisso com desfechos de fatos... por isso lhe disse que nao gosto de deixar livros sem terminá-los, porque sei que sempre há tempo de conclui-lo.
    Bjs e luz!

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  2. Bravo, Julio!
    Brvo!
    Muito lindo.
    No mais, faltam-me palavras...
    Abraço bem apertado.

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  3. Fortíssimo esse poema!!! Lembrou-me um pouco "Feliz ano velho"... muito bom!!!

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