(Foto: Julio Lobo)
Fluindo,
A água no chão.
Poças se formam.
Reflexos de um universo ao avesso.
Cada imagem,
Raio, traço,
Tudo se avessa.
É neste avesso que te vejo,
Vejo meu mundo,
Seu mundo;
Neste avesso,
Encontro o ensejo.
E aqui,
Neste pequeno reflexo;
Encontro a mim,
Mas não a mim.
Como em um espelho,
Encontro a mim,
Avesso a mim.
Tão eu o avesso de mim!
Fujo!
Com o pé no chão,
Forte!
Desfaço a poça,
Destruo o reflexo,
Desfiguro o avesso!
Ao meu caminho retorno,
Com a lembrança ao avesso.
Todo o receio,
todo o medo,
Todo meu eu;
Ao avesso.
E do espelho, me dispeço.
oi, quanto tempo, né?
ResponderExcluirMas é sempre bom desaparecer um pouquinho para no retorno se surpreender positivamente.
Foi isso que me aconteceu ao ler seus textos.
Um leitura fragmentada, porém, de profunda reflexão. Nada de magnetismo, a poesia flui como quem só faz aquele que sabe fazer uso da palavra literária.
Abraços!
Da Cadeirinha de Arruar, no Ceará, donde contemplo o tempo, vi seu perfil, alhures, Júlio.
ResponderExcluirVim conferir : você é muito, muito bom, palavras bem postas e que tocam lá no mais fundo d'alma...
Sem dúvida, vou lhe seguir>>>>
Eu volto<<<<
Um abraço