sexta-feira, 5 de novembro de 2010

In-Terno

In-Terno (autor: Julio Lobo)

A mão na maçaneta,
Giro-a.

Abrindo a porta,
Percebo um meio.
Seu meio!

Paredes irregulares,
Quase tortas.
Os quadros,
Pendurados, lado a lado.

Não existe lógica,
Misturam-se cores.
Na imensidão de seus sentimentos,
Deparo-me com o caos.

Mas há constância no caos!

Cada nova fração de ti,
Cada pouco que conheço,
Faz-me notar,
Faz-me entender o caos.

Cada fragmento faz parte de seu eu.
Os poucos formam muitos,
E no meio de tudo,
Encontro você.

3 comentários:

  1. Residir em telas
    Teu poema escorre nela como tinta num quadro.
    Talvez refletisse mar.
    Talvez o sal virasse caus.
    Mas fizeste poesia.

    Boa tarde.
    Abraço.
    Fernanda.

    ResponderExcluir
  2. Ah, meu querido amigo Julio...
    O girar da maçaneta, esse abrir de porta, sempre caixa de surpresa para nossa alma!
    Toda essa irregularidade que nos mostras, é matéria- prima, certamente, para os versos encantadores que nos ofereces...
    Adorei!
    Enorme abraço!

    ResponderExcluir
  3. Julião atacando de poeta, show hein!

    ResponderExcluir